Carlsberg Cup: Polémica marca novo triunfo do Benfica
O Benfica tornou-se na primeira equipa a ser apurada para as Meias-Finais da Carlsberg Cup, após ter vencido o Belenenses por 1-0, em jogo a contar para a última jornada da 3ª Fase da mais recente prova do futebol português.
O encontro foi presenciado por 35000 espectadores (mais do que aqueles que estiveram em todos os jogos da 1ª e 2ª Fases), o que vem dar razão aqueles que defendem que os espectáculos futebolísticos deveriam ser mais cedo, independentemente de terem ou não terem transmissão televisiva (este encontro passou em directo na Sport TV).
Crónica do Jogo:
Numa partida em que bastava o empate para continuar na Carlsberg Cup, Quique Flores resolveu fazer mais uma autêntica revolução na constituição da sua equipa: Miguel Vítor deixou de ser lateral-direito para passar para o eixo da defesa; David Luiz substituiu Jorge Ribeiro no lado esquerdo; Yebda jogou na posição de Fellipe Bastos; Ruben Amorim foi substituído por Carlos Martins e Cardozo foi chamado para ajudar Aimar e Suazo na frente de ataque, ficando Nuno Gomes no banco.
Na véspera, Jaime Pacheco tinha afirmado que o Belenenses iria aproveitar as "várias oscilações tácticas" do Benfica, mas os jogadores "encarnados" mostraram-se sempre seguros, não dando aos "azuis" do Restelo qualquer hipótese de aproveitar o que quer que fosse.
Mesmo assim, as primeiras oportunidades de golo (que só apareceram aos 20 minutos) pertenceram ao Belenenses, nomeadamente um livre de Maikon, que passou a centímetros do poste; e um passe de Silas a isolar Wender, que o árbitro interrompeu por considerar que o ex-bracarense estava em posição irregular.
Com estes dois sustos, o Benfica resolveu meter velocidade no jogo, e Cardozo efectuou um "massacre" à baliza de Júlio César, algo que não incomodou o "imperador azul", pois conseguiu manter as suas redes invioláveis.
Aos 35 minutos, foi a vez de Aimar tentar a sua sorte, mas o remate do argentino estava mal calibrado, e a bola acerta no poste, perdendo-se depois pela linha de fundo.
Nesta fase, o Benfica jogava mais e melhor que o Belenenses, que tentava a todo o custo manter o empate, pelo menos, até ao intervalo. Mas não o conseguiu, porque Katsouranis, aos 44 minutos, resolve estragar a estratégia de Jaime Pacheco, marcando o único golo da partida.
No segundo tempo, tudo foi diferente, pois o futebol desceu de qualidade, e o árbitro Bruno Paixão também resolveu fazer o mesmo.
Mas vamos por partes: o futebol foi mau, porque o Benfica resolveu guardar a vantagem, e o Belenenses apesar de ter vontade não tinha soluções atacantes, pois Diakitê preferiu o copo de água do seu casamento ao futebol e, os jovens Tininho e Pelé (de apenas 17 anos) não conseguiam romper a forte barreira "encarnada".
O árbitro, que até aí estava a fazer um bom trabalho, resolveu "borrar a pintura" a partir dos 85 minutos: Primeiro, considerou falta de Marcelo sobre Moretto, quando aconteceu precisamente o contrário, ficando por marcar uma grande penalidade, ou então, ficando por assinalar um golo limpo, pois a bola chega a entrar na baliza.
Depois, aos 87 minutos, marca fora-de-jogo a Suazo, quando este ia a correr isolado para a baliza de Júlio César. Nas imagens televisivas vê-se que o honduranho estava completamente em jogo e que na altura do passe o auxiliar está a olhar para os acontecimentos da bancada atrás de si.
Aos 90 minutos, Porta arranca isolado para a baliza e, na altura do remate, Moretto escorrega, fica estatelado no chão e o brasileiro resolve atirar para o fundo da baliza. Para azar dos "azuis" do Restelo, Carciano estava ao pé do guarda-redes, e o árbitro considera que o defesa do Belenenses comete falta sobre o guardião encarnado, quando na realidade não lhe chega sequer a tocar.
O Benfica vence, soma os três pontos, apura-se para as Meias-Finais da Carlsberg Cup, mas a actuação do árbitro (que prejudicou o Belenenses) faz relembrar a célebre frase do treinador bracarense Jorge Jesus no final do polémico Benfica - Sp. Braga: "Em Portugal, os pequenos não podem ser campeões porque eles [árbitros] não deixam".
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: António Cotrim, fotojornalista "Lusa"
Crónica do Jogo:
Numa partida em que bastava o empate para continuar na Carlsberg Cup, Quique Flores resolveu fazer mais uma autêntica revolução na constituição da sua equipa: Miguel Vítor deixou de ser lateral-direito para passar para o eixo da defesa; David Luiz substituiu Jorge Ribeiro no lado esquerdo; Yebda jogou na posição de Fellipe Bastos; Ruben Amorim foi substituído por Carlos Martins e Cardozo foi chamado para ajudar Aimar e Suazo na frente de ataque, ficando Nuno Gomes no banco.
Na véspera, Jaime Pacheco tinha afirmado que o Belenenses iria aproveitar as "várias oscilações tácticas" do Benfica, mas os jogadores "encarnados" mostraram-se sempre seguros, não dando aos "azuis" do Restelo qualquer hipótese de aproveitar o que quer que fosse.
Mesmo assim, as primeiras oportunidades de golo (que só apareceram aos 20 minutos) pertenceram ao Belenenses, nomeadamente um livre de Maikon, que passou a centímetros do poste; e um passe de Silas a isolar Wender, que o árbitro interrompeu por considerar que o ex-bracarense estava em posição irregular.
Com estes dois sustos, o Benfica resolveu meter velocidade no jogo, e Cardozo efectuou um "massacre" à baliza de Júlio César, algo que não incomodou o "imperador azul", pois conseguiu manter as suas redes invioláveis.
Aos 35 minutos, foi a vez de Aimar tentar a sua sorte, mas o remate do argentino estava mal calibrado, e a bola acerta no poste, perdendo-se depois pela linha de fundo.
Nesta fase, o Benfica jogava mais e melhor que o Belenenses, que tentava a todo o custo manter o empate, pelo menos, até ao intervalo. Mas não o conseguiu, porque Katsouranis, aos 44 minutos, resolve estragar a estratégia de Jaime Pacheco, marcando o único golo da partida.
No segundo tempo, tudo foi diferente, pois o futebol desceu de qualidade, e o árbitro Bruno Paixão também resolveu fazer o mesmo.
Mas vamos por partes: o futebol foi mau, porque o Benfica resolveu guardar a vantagem, e o Belenenses apesar de ter vontade não tinha soluções atacantes, pois Diakitê preferiu o copo de água do seu casamento ao futebol e, os jovens Tininho e Pelé (de apenas 17 anos) não conseguiam romper a forte barreira "encarnada".
O árbitro, que até aí estava a fazer um bom trabalho, resolveu "borrar a pintura" a partir dos 85 minutos: Primeiro, considerou falta de Marcelo sobre Moretto, quando aconteceu precisamente o contrário, ficando por marcar uma grande penalidade, ou então, ficando por assinalar um golo limpo, pois a bola chega a entrar na baliza.
Depois, aos 87 minutos, marca fora-de-jogo a Suazo, quando este ia a correr isolado para a baliza de Júlio César. Nas imagens televisivas vê-se que o honduranho estava completamente em jogo e que na altura do passe o auxiliar está a olhar para os acontecimentos da bancada atrás de si.
Aos 90 minutos, Porta arranca isolado para a baliza e, na altura do remate, Moretto escorrega, fica estatelado no chão e o brasileiro resolve atirar para o fundo da baliza. Para azar dos "azuis" do Restelo, Carciano estava ao pé do guarda-redes, e o árbitro considera que o defesa do Belenenses comete falta sobre o guardião encarnado, quando na realidade não lhe chega sequer a tocar.
O Benfica vence, soma os três pontos, apura-se para as Meias-Finais da Carlsberg Cup, mas a actuação do árbitro (que prejudicou o Belenenses) faz relembrar a célebre frase do treinador bracarense Jorge Jesus no final do polémico Benfica - Sp. Braga: "Em Portugal, os pequenos não podem ser campeões porque eles [árbitros] não deixam".
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: António Cotrim, fotojornalista "Lusa"
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home