Moreira coloca Benfica na 4ª Eliminatória da Taça de Portugal
O Benfica precisou dos penalties para vencer, esta noite no Estádio da Luz, o Penafiel, em jogo a contar para a 3ª Eliminatória da Taça de Portugal.
O jogo foi fraco e teve poucos momentos de interesse, muito por culpa da equipa da casa que jogava em duas velocidades: Muito devegar e parada.
Crónica do Jogo:
Quique Flores encarou a partida como os treinadores dos grandes costumam encarar estes jogos contra equipas de escalões inferiores: Mais cedo ou mais tarde, haveriam de ganhar.
Só que o Penafiel também encarou o jogo como as equipas pequenas costumam fazer quando jogam no terreno das teoricamente superiores: Primeiro aguentar ao máximo o 0-0 e depois em contra-ataque ou numa bola parada fazer o golo da vitória.
Pensando e muito na Taça Uefa, o treinador espanhol resolveu fazer algumas experiências. Colocou Moreira na baliza, Léo no lado esquerdo da defesa, Ruben Amorim e Binya no meio-campo, Urreta e Di Maria nas alas e Balboa e Makukula na frente de ataque.
Tanta alteração só podia dar numa grande confusão, e durante os primeiros minutos (aqueles em que o Benfica podia surpreender o Penafiel) viu-se vários jogadores "encarnados" a tentarem perceber qual a posição que deviam ocupar.
Quem sobresaia no meio daquela confusão era Di Maria (talvez por estar mais habituado a jogar), mas sem ajudas, o argentino pouco ou nada poderia fazer.
Vendo que o Benfica não se entendia consigo próprio, o Penafiel agarrou no jogo, acertou as marcações e começou a dominar completamente a partida.
Depois de alguns remates de Michel (grande exibição!) ao lado, Costa, na marcação de um livre directo, obrigou Moreira a fazer uma espectacular defesa para canto.
Apesar do dominio penafidelense, o Benfica poderia ter ido para o descanso em vantagem, mas Makukula resolveu falhar as poucas oportunidades que teve: Aos 17 minutos, em boa posição, andou à procura do seu pé esquerdo; aos 36m, rematou contra Zé Nando, o único defesa que se encontrava naquela zona de terreno, e aos 41m, de cabeça, atirou muito ao lado. Além de Makukula, Di Maria também não tinha a pontaria afinada, com muitos remates ao lado e uma trivela ao poste (afinal não é só Quaresma!).
Na segunda parte, Quique Flores ainda esperou 10 minutos para ver se aqueles jogadores resolviam, mas a verdade é que o jogo do Benfica não atava nem desatava, e o técnico espanhol teve que colocar em campo dois pesos-pesados: Reyes e Suazo, tirando os apagados Urreta e Balboa.
Durante os 5 minutos seguintes, o treinador encarnado vivia num dilema: Deixar tudo como estava ou arriscar e meter mais um jogador que poderá ser importante para quinta-feira.
Perante tantas dúvidas, um jogador do Penafiel resolveu acabar com elas, fazendo uma falta durissima sobre Miguel Vitor, lesionando o lateral-direito. Quique foi então obrigado a colocar o grego Katsoranis e o dilema acabou.
As alterações produzidas fizeram abanar a equipa do Benfica, que encostou o Penafiel às cordas. Os frescos Reyes e Suazo jogavam e faziam jogar, obrigando a equipa contrária a defender como podia.
Mas a frescura durou pouco tempo, e os jogadores encarnados voltaram a actuar em duas velocidades: devagarinho e parados.
Os penafidelenses começaram então a agigantarem-se e a colocaram a baliza de Moreira em perigo, valendo ao Benfica as magnificas defesas do seu guardião.
Até ao fim dos 90 minutos, Makukula teve mais duas oportunidades, mas desperdiçou-as novamente: Cabeçada ao lado e remate por cima.
No prolongamento, o Benfica lá deu um pouco de espectáculo, não porque resolveu jogar rápido, mas porque o Penafiel ia perdendo o gás.
Katsouranis por cima (aos 91 minutos), Reyes ao lado (97m), Suazo ao lado (98m), Sidnei para fora (99m), Suazo por cima (113m), Suazo ao lado (114m), Makukula para fora (115m) e novamente o mesmo Makukula por cima (120m), foram as oportunidades que os encarnados tiveram para impedir a lotaria das penalidades.
O Penafiel também teve duas, mas Moreira primeiro e Léo depois conseguiram manter inviolável a baliza encarnada.
Nos penaltis o Benfica foi mais feliz (Moreira defendeu o remate de Luis) e sendo assim, avança para a 4ª Eliminatória da Taça de Portugal.
Por João Miguel Pereira, jornalista "Sport Blog"
Foto: A Bola

Crónica do Jogo:
Quique Flores encarou a partida como os treinadores dos grandes costumam encarar estes jogos contra equipas de escalões inferiores: Mais cedo ou mais tarde, haveriam de ganhar.
Só que o Penafiel também encarou o jogo como as equipas pequenas costumam fazer quando jogam no terreno das teoricamente superiores: Primeiro aguentar ao máximo o 0-0 e depois em contra-ataque ou numa bola parada fazer o golo da vitória.
Pensando e muito na Taça Uefa, o treinador espanhol resolveu fazer algumas experiências. Colocou Moreira na baliza, Léo no lado esquerdo da defesa, Ruben Amorim e Binya no meio-campo, Urreta e Di Maria nas alas e Balboa e Makukula na frente de ataque.
Tanta alteração só podia dar numa grande confusão, e durante os primeiros minutos (aqueles em que o Benfica podia surpreender o Penafiel) viu-se vários jogadores "encarnados" a tentarem perceber qual a posição que deviam ocupar.
Quem sobresaia no meio daquela confusão era Di Maria (talvez por estar mais habituado a jogar), mas sem ajudas, o argentino pouco ou nada poderia fazer.
Vendo que o Benfica não se entendia consigo próprio, o Penafiel agarrou no jogo, acertou as marcações e começou a dominar completamente a partida.
Depois de alguns remates de Michel (grande exibição!) ao lado, Costa, na marcação de um livre directo, obrigou Moreira a fazer uma espectacular defesa para canto.
Apesar do dominio penafidelense, o Benfica poderia ter ido para o descanso em vantagem, mas Makukula resolveu falhar as poucas oportunidades que teve: Aos 17 minutos, em boa posição, andou à procura do seu pé esquerdo; aos 36m, rematou contra Zé Nando, o único defesa que se encontrava naquela zona de terreno, e aos 41m, de cabeça, atirou muito ao lado. Além de Makukula, Di Maria também não tinha a pontaria afinada, com muitos remates ao lado e uma trivela ao poste (afinal não é só Quaresma!).
Na segunda parte, Quique Flores ainda esperou 10 minutos para ver se aqueles jogadores resolviam, mas a verdade é que o jogo do Benfica não atava nem desatava, e o técnico espanhol teve que colocar em campo dois pesos-pesados: Reyes e Suazo, tirando os apagados Urreta e Balboa.
Durante os 5 minutos seguintes, o treinador encarnado vivia num dilema: Deixar tudo como estava ou arriscar e meter mais um jogador que poderá ser importante para quinta-feira.
Perante tantas dúvidas, um jogador do Penafiel resolveu acabar com elas, fazendo uma falta durissima sobre Miguel Vitor, lesionando o lateral-direito. Quique foi então obrigado a colocar o grego Katsoranis e o dilema acabou.
As alterações produzidas fizeram abanar a equipa do Benfica, que encostou o Penafiel às cordas. Os frescos Reyes e Suazo jogavam e faziam jogar, obrigando a equipa contrária a defender como podia.
Mas a frescura durou pouco tempo, e os jogadores encarnados voltaram a actuar em duas velocidades: devagarinho e parados.
Os penafidelenses começaram então a agigantarem-se e a colocaram a baliza de Moreira em perigo, valendo ao Benfica as magnificas defesas do seu guardião.
Até ao fim dos 90 minutos, Makukula teve mais duas oportunidades, mas desperdiçou-as novamente: Cabeçada ao lado e remate por cima.
No prolongamento, o Benfica lá deu um pouco de espectáculo, não porque resolveu jogar rápido, mas porque o Penafiel ia perdendo o gás.
Katsouranis por cima (aos 91 minutos), Reyes ao lado (97m), Suazo ao lado (98m), Sidnei para fora (99m), Suazo por cima (113m), Suazo ao lado (114m), Makukula para fora (115m) e novamente o mesmo Makukula por cima (120m), foram as oportunidades que os encarnados tiveram para impedir a lotaria das penalidades.
O Penafiel também teve duas, mas Moreira primeiro e Léo depois conseguiram manter inviolável a baliza encarnada.
Nos penaltis o Benfica foi mais feliz (Moreira defendeu o remate de Luis) e sendo assim, avança para a 4ª Eliminatória da Taça de Portugal.
Por João Miguel Pereira, jornalista "Sport Blog"
Foto: A Bola
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