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domingo, 4 de maio de 2008

Benfica empata com E. Amadora e vê a Liga dos Campeões cada vez mais longe

O Benfica começou por ganhar cinco minutos e meio ao Sporting, devido ao atraso com que o jogo da Reboleira começou.

Mas, essa pequena vantagem de nada lhe serviu, pois acabou por empatar com o E. Amadora a zero bolas.

O empate na Reboleira é confrangedor não só pelo resultado, mas também por mais uma exibição deplorável, sem a energia necessária para quem tinha toda a época em jogo. É um problema de uma temporada inteira, que nenhum dos três treinadores conseguiu resolver e, pior que isso, explicar.

Este Benfica não merece a Liga dos Campeões e mesmo a Taça UEFA suscita dúvidas... Com o empate do V. Guimarães no Restelo as águias arriscam mesmo a ficar no quarto lugar.

Crónica do Jogo:

Falta de nervo, falta de qualidade no flanco direito e falta de soluções. Ao Benfica faltou muita coisa para conseguir vencer e jogar bem na Reboleira, no encontro mais importante dos últimos tempos. Teve 40 minutos deploráveis, um deserto de ideias e de vontade, em que não sofreu um golo porque o Estrela está sem preocupações a cumprir o seu calendário. Poucas foram as vezes em que Pedro Alves teve de defender uma bola, porque estas caíam invariavelmente no fosso que separou o meio-campo defensivo e o ataque da equipa de Fernando Chalana.

A isto se junta a pouca inspiração dos nucleares Cristián Rodríguez e Rui Costa, a insensatez de ter um flanco com Nélson e Maxi Pereira de início, e ainda algum azar de Óscar Cardozo, que "disparou um míssil poderoso" de longe, mas a bola bateu na trave. Além disso, a primeira parte dos encarnados resume-se à soma de passes inacreditáveis, más recepções e erros de posicionamento.

O Estrela privilegiava o lado direito, muito por culpa do atrevimento de Rui Duarte e da mobilidade que demonstravam Mateus e Mendonça na frente. Anselmo mantinha-se firme na sua missão, ou seja, fixar os centrais Luisão e Edcarlos e atrapalhar o mais possível. O meio-campo tricolor era dominante com Fernando, Marcelo e Tiago Gomes a "prenderem" Rui Costa, Rodríguez e Maxi Pereira. O Benfica não chegou uma vez à linha de fundo pela direita e pela esquerda dependia da boa vontade de Sepsi e Cardozo, que derivava do meio. Não havia desequilíbrios e toda a gente no José Gomes se lembrava de Di María, sentado no banco de suplentes. Não só pelo talento, mas também pela energia.

Não havia muito a fazer e ao intervalo, Chalana tirou Nélson, mandou Maxi Pereira recuar e entrou Di María para a direita, passando Cristián Rodríguez a ser o ala esquerdo.

Os jogadores perceberam que o treinador queria ganhar o jogo e os adeptos "acordaram" e começaram a "puxar" pela equipa. O conjunto da Luz subiu sectores e conquistou metros em campo.

O Estrela passou a jogar em contra-ataque e o talento de Tiago Gomes quase valia o 1-0, num bom remate à entrada da área.

No Benfica, Luisão podia ter voltado a ser a figura se, ápós um canto de Rui Costa e um desvio de Nuno Gomes, não tivesse trocado os pés na altura do remate, ou seja, dominou com o direito e chutou com a esquerdo, mandando a bola para a bancada. Mas não foi só o "gigante" a falhar, pois Edcarlos a 15 minutos do fim, iria fazer o mesmo.

Como os "encarnados", no meio-campo, não tinham elementos com capacidades para desequilibrar o jogo, pois Di María estava agitado, Mantorras desnorteado e Rodríguez menos presente do que já esteve, neste mesmo campeonato, Rui Costa resolveu revolucionar o "miolo" e a bola começou a chegar aos flancos.

Mantorras ainda obrigou Pedro Alves a grande defesa, mas o jogo corria veloz para o fim. Segundos antes do apito final, o mesmo Mantorras falhou o alvo por centimetros.

Agora sim, havia vontade, mas já era tarde de mais para o Benfica, que vê cada vez mais longe a entrada na Liga dos Campeões.


Por Luis Mateus, jornalista "Mais Futebol"