No dia da águia, a do Benfica ficou "depenada"
A Luz viveu uma das piores noites da história, com dois erros de casting a estragarem qualquer estratégia que o Benfica trazia para o encontro com a Académica, que não ganhava desde a 18ª Jornada! O jogo ditou os regressos de Luisão e Binya que nada mais foram do que duas areias na engrenagem encarnada. O primeiro porque foi responsável pelo golo inaugural da Académica, o segundo porque cedo se percebeu que estava a mais numa equipa que precisou de correr atrás do resultado desde a madrugada do jogo.
Um erro de Luisão deixou Miguel Pedro "cara a cara" com Quim. O brasileiro queria atrasar a bola, mas serviu o estudante que passou o guarda-redes e, quando parecia que já nem ia conseguir rematar, atirou a contar. A Académica apanhou-se a vencer e os "encarnados", depois do jogo do Bessa, viam os índices de ansiedade voltarem ao máximo.
Como era da sua obrigação, o Benfica tentou responder de imediato. Os minutos seguintes foram uma tentativa de um "grito de revolta", mas depois de Cardozo desperdiçar duas oportunidades, percebeu-se que era apenas um "som rouco" que saía do Futebol "encarnado".
A Académica ameaçou de novo aos 15 minutos, com Luís Aguiar a desperdiçar "frente a frente" a Quim. Não seria dessa vez que os estudantes aumentariam a vantagem.
Logo depois, Cardozo perdeu mais uma oportunidade e o Benfica actuava sem lucidez, onde só a força o fazia chegar à área de Pedro Roma.
Uma falha infantil de Luisão deu no 1-0, outra de Léo ditaria o segundo da Académica. O lateral perdeu a bola para Pedrinho e cometeu falta. Luís Aguiar bateu o livre e Berger, de costas para Quim, aumentou para 2-0. Os estudantes viviam um sonho com mais de 50 anos, pois desde 1953/54 que não deixavam a Luz com um triunfo.
Os números jogavam a favor do Benfica, mas a Luz tem sido palco de poucas alegrias esta época. Até final da primeira parte, mais uma ocasião para cada lado, com Aguiar a obrigar Quim a defesa apertada, de livre, e mais uma perdida de Cardozo.
Chalana é que não esperou pelo intervalo e lançou Di María mesmo antes do descanso. E na primeira vez que tocou na bola, o argentino provou que o Benfica precisava muito mais dele do que de Binya, que saiu direitinho para os balneários. O remate do argentino também saiu direitinho, mas... ao poste.
No regresso, a única alteração ocorreu na defesa encarnada, com os centrais Luisão e Katsouranis a trocarem de lado. O brasileiro foi para a esquerda, o grego virou à direita. Mais tarde, voltaram ao formato inicial, dando mostras que a equipa não encontrava soluções para deter velocidade dos estudantes e que não se entendia em campo.
Na frente, saía uma ou outra jogada, com Léo a servir Rodriguez e depois com Cardozo a dar ao mesmo uruguaio: nas duas ocasiões Pedro Roma defendeu com brilho os tiros de Rodriguez. O guarda-redes segurava a vantagem, numa noite em que se percebia ia ser memorável para a Briosa.
O Benfica levava uma lição dura, reflexo de toda a temporada encarnada, que só não aconteceu noutras noites por ineficácia de outras camisolas. De pouco serviram as entradas de Mantorras e Makukula, por troca com Nuno Gomes e Léo. Só tornaram o Futebol "encarnado" mais musculado e directo, como tantas vezes aconteceu com outro homem que não Chalana no comando da equipa da Luz.
No Dia da Águia, a Académica quebrou um enguiço com mais de cinco décadas e o Benfica que vinha em voo com duas boas exibições frente a Paços de Ferreira e Boavista caiu a pique e estatelou-se no chão.
O Inferno da Luz, esse, fervia, mas não era contra o adversário e muito menos de emoção por aquilo que a equipa fazia. Era outra coisa qualquer, que os antepassados do Benfica nem querem falar. Só não foi pior porque Quim ainda evitou o 4-0, enquanto a Académica deu um passo inesperado na luta pela manutenção.
Por Luís Pedro Ferreira, jornalista "Mais Futebol"
Um erro de Luisão deixou Miguel Pedro "cara a cara" com Quim. O brasileiro queria atrasar a bola, mas serviu o estudante que passou o guarda-redes e, quando parecia que já nem ia conseguir rematar, atirou a contar. A Académica apanhou-se a vencer e os "encarnados", depois do jogo do Bessa, viam os índices de ansiedade voltarem ao máximo.
Como era da sua obrigação, o Benfica tentou responder de imediato. Os minutos seguintes foram uma tentativa de um "grito de revolta", mas depois de Cardozo desperdiçar duas oportunidades, percebeu-se que era apenas um "som rouco" que saía do Futebol "encarnado".
A Académica ameaçou de novo aos 15 minutos, com Luís Aguiar a desperdiçar "frente a frente" a Quim. Não seria dessa vez que os estudantes aumentariam a vantagem.
Logo depois, Cardozo perdeu mais uma oportunidade e o Benfica actuava sem lucidez, onde só a força o fazia chegar à área de Pedro Roma.
Uma falha infantil de Luisão deu no 1-0, outra de Léo ditaria o segundo da Académica. O lateral perdeu a bola para Pedrinho e cometeu falta. Luís Aguiar bateu o livre e Berger, de costas para Quim, aumentou para 2-0. Os estudantes viviam um sonho com mais de 50 anos, pois desde 1953/54 que não deixavam a Luz com um triunfo.
Os números jogavam a favor do Benfica, mas a Luz tem sido palco de poucas alegrias esta época. Até final da primeira parte, mais uma ocasião para cada lado, com Aguiar a obrigar Quim a defesa apertada, de livre, e mais uma perdida de Cardozo.
Chalana é que não esperou pelo intervalo e lançou Di María mesmo antes do descanso. E na primeira vez que tocou na bola, o argentino provou que o Benfica precisava muito mais dele do que de Binya, que saiu direitinho para os balneários. O remate do argentino também saiu direitinho, mas... ao poste.
No regresso, a única alteração ocorreu na defesa encarnada, com os centrais Luisão e Katsouranis a trocarem de lado. O brasileiro foi para a esquerda, o grego virou à direita. Mais tarde, voltaram ao formato inicial, dando mostras que a equipa não encontrava soluções para deter velocidade dos estudantes e que não se entendia em campo.
Na frente, saía uma ou outra jogada, com Léo a servir Rodriguez e depois com Cardozo a dar ao mesmo uruguaio: nas duas ocasiões Pedro Roma defendeu com brilho os tiros de Rodriguez. O guarda-redes segurava a vantagem, numa noite em que se percebia ia ser memorável para a Briosa.
O Benfica levava uma lição dura, reflexo de toda a temporada encarnada, que só não aconteceu noutras noites por ineficácia de outras camisolas. De pouco serviram as entradas de Mantorras e Makukula, por troca com Nuno Gomes e Léo. Só tornaram o Futebol "encarnado" mais musculado e directo, como tantas vezes aconteceu com outro homem que não Chalana no comando da equipa da Luz.
No Dia da Águia, a Académica quebrou um enguiço com mais de cinco décadas e o Benfica que vinha em voo com duas boas exibições frente a Paços de Ferreira e Boavista caiu a pique e estatelou-se no chão.
O Inferno da Luz, esse, fervia, mas não era contra o adversário e muito menos de emoção por aquilo que a equipa fazia. Era outra coisa qualquer, que os antepassados do Benfica nem querem falar. Só não foi pior porque Quim ainda evitou o 4-0, enquanto a Académica deu um passo inesperado na luta pela manutenção.
Por Luís Pedro Ferreira, jornalista "Mais Futebol"
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