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sábado, 26 de julho de 2008

Frágil defesa provoca derrota do Benfica no primeiro jogo do Torneio do Guadiana

Segundo teste, primeiras virtudes e defeitos do Benfica de Quique Flores, que perdeu por 2-3 no primeiro jogo do Torneio do Guadiana.

Os "encarnados" mostraram já alguns movimentos ofensivos interessantes, assim como a tentativa de pressionar logo que os ingleses pegavam na bola. Mas como há aspectos a louvar, há também outros menos bons a reter. A começar pela defesa, que desperdiçou a vantagem oferecida por Fellipe Bastos e Urretavizcaya.

De novo, o Benfica actuou em 4x4x2 clássico, como o treinador espanhol tem treinado, de novo, Nuno Assis jogou na ala esquerda, mas desta vez Martins descaiu para a direita. No meio, Yebda e Fellipe Bastos.

Este quarteto iniciou a partida em boa rotação e entendimento, para os parâmetros de pré-época. Os do meio, Bastos e Yebda, jogavam quase de olhos fechados, um a organizar o ataque e a fechar bem, o outro a simplificar ideias e ajudar com o físico.

A jogada do 1-0 começa nos pés do médio brasileiro, que fez uma abertura para a esquerda, apanhou a bola mais à frente e disparou. Bronn defendeu, mas Urretavizcaya estava atento e concluiu o lance de Bastos. O Benfica estava a ganhar, logo aos sete minutos, e dava sinais positivos para o banco. Pelo menos, do meio-campo para a frente, porque atrás, a história era bem diferente.

O nervosismo apoderou-se da defesa, com Moreira a dar o primeiro sinal, numa má saída a um canto inglês.

A lateral-esquerda foi problema ainda maior, porque Sepsi andou fora do encontro, "deu" a Emerton ocasião para igualar e depois ainda cometeu a falta que deu o 1-1 de Pedersen. Aliás, um lance para Quique rever, pois a barreira caiu como um castelo de cartas, quando Nelson, defesa do Blackburn, entrou por ela adentro.

Pouco depois, nova mostra de que o sector defensivo precisa de trabalho. O Benfica sofreu um golo de lançamento lateral com os dois centrais, primeiro Edcarlos, e depois Luisão, a não conseguirem parar Santa Cruz e o autor do golo, Roberts.

Os "encarnados" estavam a perder não só jogo, mas também a calma, como se viu no minuto 40, com os jogadores a envolverem-se em empurrões e outras coisas feias, após um lance entre Fellipe Bastos e Reid.


A segunda parte trouxe seis elementos novos no Benfica. Miguel Vítor e Katsouranis entraram para o lugar dos centrais, Balboa para a ala direita, Binya e Amorim para o miolo, Aimar e Makukula jogaram na frente. O argentino estreou-se por fim nos "encarnados", mas o problema nem era no jogo ofensivo, era mesmo na defesa.

O Benfica iniciou os segundos 45 minutos como terminara o primeiro tempo, ou seja, frágil, demasiado frágil na defesa. Por isso, aos 50m, o Blackburn aumentou para 3-1 por Emerton. As águias não desistiram, mas Binya e Ruben Amorim nunca formaram uma dupla como Yebda-Bastos e o futebol encarnado saía aos repelões.

Mas mesmo assim chegou ao 2-3, depois de Binya ter empurrado de cabeça para Aimar rematar para boa defesa de Bronn. Makukula estava perto e também empurrou para o fundo da baliza.

Foi um Benfica esforçado, mas demasiado musculado, que até podia ter saído de Vila Real de Santo António com outro resultado, se Nelson não tivesse cortado (com a coxa) um remate de Aimar, depois de o argentino ter passado pelo guarda-redes Bronn.

Em suma, e apesar de ainda ser muito cedo para fazer uma análise bem mais detalhada, ainda sem os internacionais disponíveis, parece haver matéria-prima interessante para Quique Flores trabalhar. Mas percebe-se que este Benfica tem de dar um passo de cada vez, e sobretudo seguros, para poder acordar.


Por Luís Pedro Ferreia, jornalista "Mais Futebol"

Foto: Luis Forra, fotojornalista "EPA"