Benfica denota capacidade de sofrimento e vence V. Guimarães no "berço"
Duas voltas depois, entre Liga Vitalis e Liga Bwin, o V. Guimarães tombou no seu Berço. O Benfica, embrenhado entre os seus próprios problemas, recuperou a pose altiva, denotou capacidade de sofrimento e saiu por cima, com um triunfo que reforça o segundo lugar (1-3) e transmite tranquilidade para assistir ao clássico de Domingo.
Foi um espectáculo do outro Mundo, como previra Manuel Cajuda. O apogeu da paixão pelo Futebol, numa concentração perigosa de emoções ao rubro, em pleno Berço na Nação. Houve de tudo um pouco, como seria de esperar num espectáculo capaz de emocionar o mais isento dos observadores.
A homenagem a Féher, a coroa de flores colocada no exacto ponto onde o húngaro se despediu da vida com um sorriso eterno, uniu todos os que formaram um "barril de pólvora", suficientemente instável para "rebentar" a qualquer momento.
O talento de Cardozo despertou a imensa minoria de benfiquistas que coloriram as bancadas do D. Afonso Henriques de vermelho. Um pontapé portentoso, na cobrança de um Livre Directo, traduziu-se no 12º golo do avançado paraguaio em 24 jogos (viria a marcar o 13º, nos últimos minutos), entre Liga, Champions e Taça de Portugal.
O V. Guimarães, com o seu figurino habitual, não se sentiu bem no "fato de gala" e acusou a pressão. A ansiedade tolheu movimentos, desarticulou os mecanismos potenciados ao máximo neste regresso ao escalão principal e, por momentos, pensou-se que Cajuda já não conseguiria empurrar, ainda mais, a sua equipa para o topo.
A qualidade individual ditava regras no relvado vitoriano e Di Maria acentuou essa realidade quando, após tabela com Rui Costa, acreditou na bola, recuperou-a antes da linha de fundo, e depois em si próprio, dançando perante Andrezinho, antes de colocar Maxi Pereira na rota do segundo Golo.
O Benfica, evitando o "sufoco" das suas próprias contradições, garantia uma vantagem segura para gerir ao longo do encontro. A recuperação de Petit conferia estabilidade ao sector intermediário, mas a intranquilidade defensiva "semeava o pânico" entre os pessimistas. Sem Luisão e Léo, Edcarlos surgiu no onze e Nélson seguiu pela Esquerda, mas os erros sucederam-se. Luís Filipe continua a vacilar momentaneamente e David Luiz, numa rábula sem fim, acabou por quebrar fisicamente antes do intervalo.
Camacho, mesmo com os três pontos na mão, denotou a intranquilidade recente. À meia-hora, chamara Nuno Assis para substituir David Luiz. O central disse que não, que aguentava, e esticou a corda até ao limite. Uma situação confusa, sem reflexos desportivos devido à falta de pontaria local. Ao intervalo, o Benfica marcara dois golos em quatro remates. O V. Guimarães, em nove, continuava em branco.
Manuel Cajuda recorreu à coragem, ao antídoto de sempre para os momentos difíceis, e foi em busca da felicidade. Lançou Carlitos e Ghilas ao intervalo, "inclinou" o relvado em direcção a Quim e assistiu à pressão, materializada pelo argelino. Com meia-hora de jogo pela frente, regressava a incerteza no resultado. 26 mil almas agitavam-se perante sentimentos contraditórios. No V. Guimarães, o Ponta-de-Lança Roberto prepara-se para entrar quando Ghilas marcou. Por instantes, Cajuda hesitou, mas deixou-se levar pela ambição. Os amantes do Futebol agradecem.
O Benfica recuperou algum fôlego quando encontrou espaços no meio-campo adversário e foi segurando estoicamente a magra vantagem, numa equipa repleta de adaptações: Katsouranis a Central, Nélson à Esquerda, Maxi ao Centro, Nuno Assis à Direita... Aguentaram, resistiram à pressão e descansaram perante o bis de Cardozo, nos instantes finais.
Por Vítor Hugo Alvarenga, jornalista "Mais Futebol"
Foi um espectáculo do outro Mundo, como previra Manuel Cajuda. O apogeu da paixão pelo Futebol, numa concentração perigosa de emoções ao rubro, em pleno Berço na Nação. Houve de tudo um pouco, como seria de esperar num espectáculo capaz de emocionar o mais isento dos observadores.
A homenagem a Féher, a coroa de flores colocada no exacto ponto onde o húngaro se despediu da vida com um sorriso eterno, uniu todos os que formaram um "barril de pólvora", suficientemente instável para "rebentar" a qualquer momento.
O talento de Cardozo despertou a imensa minoria de benfiquistas que coloriram as bancadas do D. Afonso Henriques de vermelho. Um pontapé portentoso, na cobrança de um Livre Directo, traduziu-se no 12º golo do avançado paraguaio em 24 jogos (viria a marcar o 13º, nos últimos minutos), entre Liga, Champions e Taça de Portugal.
O V. Guimarães, com o seu figurino habitual, não se sentiu bem no "fato de gala" e acusou a pressão. A ansiedade tolheu movimentos, desarticulou os mecanismos potenciados ao máximo neste regresso ao escalão principal e, por momentos, pensou-se que Cajuda já não conseguiria empurrar, ainda mais, a sua equipa para o topo.
A qualidade individual ditava regras no relvado vitoriano e Di Maria acentuou essa realidade quando, após tabela com Rui Costa, acreditou na bola, recuperou-a antes da linha de fundo, e depois em si próprio, dançando perante Andrezinho, antes de colocar Maxi Pereira na rota do segundo Golo.
O Benfica, evitando o "sufoco" das suas próprias contradições, garantia uma vantagem segura para gerir ao longo do encontro. A recuperação de Petit conferia estabilidade ao sector intermediário, mas a intranquilidade defensiva "semeava o pânico" entre os pessimistas. Sem Luisão e Léo, Edcarlos surgiu no onze e Nélson seguiu pela Esquerda, mas os erros sucederam-se. Luís Filipe continua a vacilar momentaneamente e David Luiz, numa rábula sem fim, acabou por quebrar fisicamente antes do intervalo.
Camacho, mesmo com os três pontos na mão, denotou a intranquilidade recente. À meia-hora, chamara Nuno Assis para substituir David Luiz. O central disse que não, que aguentava, e esticou a corda até ao limite. Uma situação confusa, sem reflexos desportivos devido à falta de pontaria local. Ao intervalo, o Benfica marcara dois golos em quatro remates. O V. Guimarães, em nove, continuava em branco.
Manuel Cajuda recorreu à coragem, ao antídoto de sempre para os momentos difíceis, e foi em busca da felicidade. Lançou Carlitos e Ghilas ao intervalo, "inclinou" o relvado em direcção a Quim e assistiu à pressão, materializada pelo argelino. Com meia-hora de jogo pela frente, regressava a incerteza no resultado. 26 mil almas agitavam-se perante sentimentos contraditórios. No V. Guimarães, o Ponta-de-Lança Roberto prepara-se para entrar quando Ghilas marcou. Por instantes, Cajuda hesitou, mas deixou-se levar pela ambição. Os amantes do Futebol agradecem.
O Benfica recuperou algum fôlego quando encontrou espaços no meio-campo adversário e foi segurando estoicamente a magra vantagem, numa equipa repleta de adaptações: Katsouranis a Central, Nélson à Esquerda, Maxi ao Centro, Nuno Assis à Direita... Aguentaram, resistiram à pressão e descansaram perante o bis de Cardozo, nos instantes finais.
Por Vítor Hugo Alvarenga, jornalista "Mais Futebol"
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